Casas debaixo
d'água
e famílias desabrigadas é o cenário da região amazônica neste período
de cheia dos rios afluentes que inundam plantações, casas e as cidades. A
capital amazonense não ficou de fora já que esta é a maior cheia dos
últimos cem anos de contagem na medida do rio, ruas do centro antigas
estão alagadas e ameaça o tráfego no local. Cerca de 140 comerciantes da
feira da Manaus Moderna estão prejudicados e estão de portas cerradas
até que as águas voltem ao seu curso normal.
Viver em Manaus tem os seus encantos, terra de gente trabalhadora e
que dá bons frutos, porém as necessidades são extremas e a União Geral
das Comunidades representada pelo Léo Menezes procura ajudar a quem busca pelo menos uma voz até as autoridades competentes.
Estivemos na comunidade do bairro São Geraldo, na rua Pico das
águas, a situação dos moradores está muito difícil com a subida do rio.
Casas estão debaixo literalmente da água e as pessoas não têm para onde
ir, a única forma de locomoção é através das pontes de madeira
improvisada e construídas pela UGC e as marombas que sustentam os poucos que permaneceram no local.
É hora de sermos humanos e ajudar essas pessoas, água, alimentos e
madeira é bem-vindo, porque somente elas podem dizer o que é viver com
água dentro de casa e o lixo exposto a céu aberto. Vi pessoas que
vibrando com o recorde da cheia no último dia 16 de maio de 2012, quando
a cota chegou a 29,78 metros ultrapassando em 1 cm a meta de 2009,
antigo recorde. É de se lamentar que estas pessoas provavelmente não
vivam na cidade e muito menos conhecem a realidade deste povo.